A banda
maria da graça almeida
 
No lombo do vento, 
nos ombros da chuva,
espero desnuda
a banda passar.
 
Retomo o assento 
no colo do tempo,
aguardo, sem par,
a banda passar.
 
A vida sem graça, 
que cedo  espio 
da velha vidraça,
não enche vazios.
 
Nas vilas da vida, 
a banda não passa.
No mundo de Deus, 
quem passa sou eu.
 
 
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