11 de abril de 2011

Massacre

Massacre
maria da graça almeida

Com sofreguidão e sem pena,
num dia parido sem paz,
o delírio escreveu vil poema,
que imêmore não será...Jamais!
O coração está cheio de vazio
e o peito de vazio ficou cheio.
A insanidade com insensatos fios
ceifou belos sonhos ao meio.
O cemitério inflou-se de túmulos
ao sepultar jovens alunos,
agora no luto que é múltiplo
o pesar dilatou o seu turno.
A sombra da abjeta solidão
vagueia entre carteiras solitárias,
o desvario com maligna mão
arrancou inocentes da área.