Massacre
maria da graça almeida
Com sofreguidão e sem pena,
num dia parido sem paz, 
o delírio escreveu vil poema, 
que imêmore não será...Jamais!
O coração está cheio de vazio
e o peito de vazio ficou cheio.
A insanidade com insensatos fios
ceifou belos sonhos ao meio.
O cemitério inflou-se de túmulos 
ao sepultar jovens alunos,  
agora no luto que é múltiplo
o pesar dilatou o seu turno.
A sombra da abjeta solidão 
vagueia entre carteiras solitárias, 
o desvario com maligna mão 
arrancou inocentes da área.
 
 
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