12 de agosto de 2011

Descansa, poeta

Descansa, poeta

maria da graça almeida

Descansa, poeta,
a vida é uma festa!
a lua apontou!
Repousa com graça,
nos bancos das praças,
ninguém te ameaça,
a alegria raiou.

Sorri das belezas!
A vã incerteza,
o tempo levou.
O verso é grandeza,
A rima é certeza,
o poema, a nobreza
que alma ganhou.

Mas, quando, poeta,
um dia, sentido,
da cor, distraído,
o amor terminar,
levanta sem graça,
nos bancos da praça,
a dor vai chegar.

Aí, chora, poeta,
o amor que passou.
Ao fim dessa festa,
a flor definhou,
a rima é indigesta,
o verso não presta,
a Poesia acabou.