12 de janeiro de 2011

Poesia com manteiga
maria da graça almeida

Prometeu-me ambrosias,
Literata, a cozinheira,
pelo gosto da estréia,
cheguei presta e faceira.

Só vi versos com geléia
e poesia com manteiga,
certas rimas lambuzadas,
emborcadas sobre a teiga.
Pus-me tonta e enjoada
da poesia e da manteiga.

No almoço, em contraponto,
terei letras de grandeza.
Um gostoso miniconto
será minha sobremesa.
Torço pra que Literata
desta vez não erre a mão
ou provarei pela errata
o sabor da indigestão.

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