1 de maio de 2010


Instrumento
maria da graça almeida

Jamais quero estar,
do mundo, em algum lugar,
onde, de certa maneira,
usem-me como instrumento
das desventuras alheias.

Jamais quero servir
de arma para cumprir
os desígnios de um destino,
ainda que tais desígnios
tracem tão-só o caminho
de apenas um passarinho.

Um comentário:

Anônimo disse...

Linda poesia.