12 de setembro de 2007


Decreto de liberdade e amor
maria da graça almeida
A livrá-lo do constrangimento, pesar e da imposição, meu amor, por ser imenso, vem deixá-lo à vontade para que encaminhe seus passos, de acordo com a própria opção.
Em face do seu silêncio e da minha solidão, meu amor, por ser imenso, aceita as sobras advindas de um envolvimento que talvez sobreviva por força da minha intenção.
Meu amor, por ser imenso, poderá manter-se recluso para que não julgue intruso o tom de minhas notas digitais
e ora o deixa liberto para que se indigne diante deste tolo decreto que de vez expõe a pieguice dos meus ais.
Meu amor, por ser imenso, entende o quão difícil é desempenhar certos papéis, por isto não finja pressentir cheia quando baixa estiver sua maré.
Meu amor, por ser imenso, mudo de lamentos,
vibrará com a autenticidade de sua fé.
Ainda que para seu conforto, não mais proclame
este amor imenso, sólido, insólito, intenso,
a chama viva que me habita jamais se extinguirá.
Ah! este meu amor sem bom senso, desmedido,
indefenso... eternamente me acompanhará.

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