Poema bobinho.
maria da graça  almeida
Os dias passam depressa, 
as noites  espalham negror, 
na madrugada funesta, 
despediu-se meu amor.
Tudo ficou tão sem graça,
da vida, esvaiu-se a cor, 
os canteiros lá da praça
desbotaram, não têm flor. 
O pinho emudeceu,
a nota desafinou,
o dia adormeceu,
o mundo já se acabou.
Tempo... tempo...tempo,
hora, tarde, noite e dia, 
a dor, em movimento,
vestiu nova fantasia...
Tudo começa a ter graça, 
a alegria sublima as cores,
as floreiras lá da praça 
parecem-me cheias de flores.
Os dias desfilam sorrindo,
as noites espalham rumores,
o amor que me vem surgindo
substituiu velhas dores.
O pinho soltou sua  voz,
as notas mudaram de tom,
o afeto não é um algoz,
amar de novo é bom!
 
 
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